Historicamente, a resposta a desastres enfatiza o cuidado mínimo na cena e a evacuação imediata para instalações médicas seguras.
A USAR envolve a localização, resgate e estabilização médica inicial de vítimas. Inicialmente o sistema tinha o único foco de efetuar resgates de vítimas vivas de estruturas desmoronadas. Podemos traçar suas raízes para o início da Equipe de Resposta Médica Especial, das minas de carvão da Pensilvânia no final dos anos 1970.
No início dos anos 1980, o Departamento de Incêndio e Resgate do Condado de Fairfax e o Departamento de Bombeiros do Condado de Metro-Dade criaram equipes de busca e salvamento de elite, treinadas para operações de resgate em edifícios em colapso.
Trabalhando com o Departamento de Estado dos Estados Unidos e com o Gabinete de Assistência em Desastres no Exterior, essas equipes forneceram apoio vital de busca e salvamento para os terremotos catastróficos na Cidade do México, nas Filipinas e na Armênia.
No entanto, existe um cenário de resposta diferente para o sistema USAR. As equipes médicas especializadas devem ser capazes de atender um maior grau de lesões críticas com cuidados avançados em ambientes potencialmente perigosos.
A avaliação, o monitoramento e os tratamentos médicos contínuos devem ocorrer antes e durante o resgate. Os membros da equipe médica devem interagir e trabalhar com os membros da equipe de resgate para garantir o bem-estar geral da vítima. O objetivo é garantir um resultado positivo da vítima, de uma maneira que maximize probabilidades de recuperação completa.
Às 9h02 da manhã de 19 de abril de 1995, uma bomba explodiu dentro de um caminhão sob o Edifício Federal Alfred P. Murrah em Oklahoma City.
A explosão causou um colapso parcial de todos os 9 andares do edifício de 20 anos de idade. No total, 168 pessoas morreram.Este evento ajudou a mudar o perfil da missão para o sistema USAR. O número de mortes mostrou a necessidade de auxiliar na recuperação das vítimas em vez de apenas realizar resgates.
Eventos Históricos
Os ataques terroristas no World Trade Center e no Pentágono, em 11 de setembro de 2001, colocaram as Equipes USAR da FEMA (Federal Emergency Management Agency)no centro das atenções, a última vítima viva foi resgatada dos destroços, 27 horas depois que a segunda torre desmoronou.
A devastação causada por esses incidentes tornou a atmosfera nacional sombria e carregada. Os membros da Task Force (TF) tiveram que lidar com seu próprio estresse e com o colapso dos sistemas de resposta.
No domingo, 28 de agosto de 2005, o furacão Katrina de Categoria 5 com ventos de 160 mph, estava se dirigindo para New Orleans, na segunda-feira, 29 de agosto, às 6:00 da manhã o Katrina chega ao leste de New Orleans, o furacão causou 1836 mortes e 80% da cidade ficou inundada.
Esta foi a primeira vez que a FEMA foi solicitada a fornecer ajuda médica humanitária à população em vez de se concentrar em uma vítima individual como é o seu perfil de missão normal.
Esta foi também a primeira vez que exames médicos foram direcionados para os membros que se deslocaram para a região devido à enorme quantidade de contaminantes desconhecidos na água.
Visando os constantes desastres naturais que o Brasil vem sendo acometido, desenvolveu-se o curso “RESPOSTA AO TRAUMA EM DESASTRES” que é baseado nos modelos internacionais das entidades INSARAG e FEMA, que são órgãos regulamentados e de referência internacional para atuação das equipes médicas (MEDICAL TEAM ESPECIALIST) e figura o segundo módulo do curso BREC.
Projetado para fornecer aos profissionais das equipes de busca e resgate (USAR), os conhecimentos e habilidades necessárias para desempenhar um atendimento adequado às vítimas de trauma nos eventos de catástrofes.
O curso oferece ao participante uma visão similar a de uma equipe que se encontra em um desastre, procurando uma vivência o mais próximo possível da realidade. Focado na primeira resposta às vítimas ainda no local do evento.
Os participantes ainda aprenderão quais os protocolos utilizados por uma equipe médica durante a resposta a um desastre (MEDICINA DE DESASTRE), desenvolvendo conhecimentos sobre a fisiopatologia das lesões específicas nestes eventos, para que desta forma segura, possam acessar, estabilizar, remover e transportar a vítima.
REFERÊNCIAS BÁSICAS:
- INSARAG - The International Search and Rescue Advisory Group;
- FEMA - Federal Emergency Management Agency;
- WHO - World Health Organization;
- Defesa Civil Brasileira;
- PHTLS/NAEMT – Pre Hospital Trauma Life Support;
- ATLS/NAEMT – Advanced Trauma Life Support;
- AHA – American Heart Association.
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