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Um filme que envergonha os pracinhas brasileiros.

Se você esta procurando um filme de combate e se deparou com esse título, busque outro. Não vale o seu tempo.

Depois de ver o trailer do filme Estada 47, fiquei ansioso pela estreia. Pensei, "Até que enfim farão um filme enaltecendo a participação do Brasil na Guerra e os atos heroicos desdes destemidos soldados que foram pra guerra sem nem terem equipamentos adequados.

O filme retrata a história real de um pelotão da FEB que supostamente estavam no topo do Monte Castelo atacando posições alemãs.

Um soldado aparentemente sem estrutura emocional aos berros apavora a todos com suas palavras idiotas como se fosse um retardado.  Sabemos que um tipo assim nunca seria deslocado para o front colocando em risco a vida dos demais, mas nesse filme a licença poética e o intuito de denegrir a imagem dos pracinhas tudo pode.

Num momento de desespero após a explosão de uma mina que tentavam desarmar e diante da morte do sapador mineiro, se apavoram e abandonam a posição se espalhando pelo local como um bando, ignorando comando ou qualquer outra coisa.

Com diálogos pobres o filme é chato e não condiz nem um pouco com a conduta de militar ou qualquer coisa que possa acontecer em um ambiente de combate real. parece mais um desvaneio de um dos soldados que parece ser o narrador em um diálogo sem noção com seu pai imaginário.

O soldado que parece maluco anda com seu rifle na mão e cantarolando alto como se buscando a morte. Você faria isso diante das linhas inimigas? eu mesmo atiraria nele, não precisaria de nenhum alemão. Inimigo é qualquer um que deseja sua morte independente do lado que esta.

Após conseguirem reunir alguns soldados e o oficial, começam a caminhar em direção a uma posição americana. Chegam a essa posição que é um vilarejo abandonado, e os americanos já não estão lá.

O que mais impressiona, é que demorou 70 anos para fazerem um filme e conseguem fazer uma porcaria.

O Brasil enviou 25 mil soldados para esse conflito. São 25 mil vidas que fizeram o que puderam para que hoje idiotas como esse diretor e quem financiou essa porcaria, denigram a imagem de quem lutou por alguma coisa de verdade. Lutaram até pelo direito desses caras filmarem essa porcaria.

O filme não aborda nenhuma grande vitória da FEB como a tomada de Monte Castelo ou a cidade de Montese. Mostra somente um bando achando que esta no quintal de casa fazendo um churrasco.

Bom voltando ao filme.

Ao chegarem nesse vilarejo, encontram um jornalista brasileiro que havia ignorado ordens de um general brasileiro e resolve  subir ao front após roubar um jipe de outro soldado brasileiro na base. Pode isso? Sinceramente, pensei, meu deus, onde esse cineastra arranca essas histórias.

O jornalista usa um jipe com o nome Osvaldinho. Supostamente era o jipe do general de brigada Osvaldo Cordeiro de Farias, comandante da artilharia da FEB, que dizem, batizou o jipe com o nome do filho. Ou seja, o jornalista rouba o Jipe do general e fica por isso mesmo, sai da base como se  nada fosse nada.

Após mais diálogos idiotas e em meio a guerra, o soldado que parece louco resolve brinca com um jipe dando voltinhas em torno de uma praça ao som de samba brasileiro como se estivesse no parque. O frio, a falta de estrutura, a deserção e a proximidade com o inimigo não assusta esse soldado. deve ser por isso que debandaram. Fazem coisas sem sentido algum para uma equipe militar em combate.

Segue os diálogos do soldados com seu pai falando do orgulho que ele o pai teria em ser patriota ao ter enviado o filho a guerra.  Claramente se vê que esse soldado não esta la porque quer ou sente, mas sim como se tivesse sido obrigado a fazer o que não quer. Penso que deveria cantar "We Are The World" para os alemães e não ter corrido como uma franguinha quando a bunda apertou. O tempo todo reclama de ter ido e bla bla bla.

Esse  pelotão brasileiro é composto por um sargento negro. As forças armadas brasileiras não eram segregadas como as americanas que na época lutavam separadas. Inclui também, pessoal de várias partes do país. A maioria da FEB foi recrutada no Rio, em São Paulo, Minas Gerais e Estados do Sul, mas havia bom número de nordestinos também.

O personagem mais sem noção do filme é conhecido como Piauí, um sujeito que cria um relacionamento com um prisioneiro alemão. Seus companheiros do sul o chamam pejorativamente de Paraíba.

O sargento negro é  sambista e tem o nome Laurindo.  Uma homenagem creio eu ao sambista Wilson Batista que criou em 1943 uma letra contando a história de um diretor de bateria da Mangueira, que parou as atividades carnavalescas para lutar na Segunda Guerra Mundial. 

Os veteranos da FEB associam o nome de Laurindo a esse momento de pânico de um batalhão que recuou de suas posições no alto de uma colina. Na época, havia um samba com o verso "Laurindo desce o morro". Depois, o batalhão se redimiu do apelido vergonhoso.

Só que Wilson deu um final feliz para o cabo e em parceria com Haroldo Lobo, o pracinha voltava intacto do campo de batalha, “coberto de glória, trazendo garboso no peito a cruz da vitória”.

Na época também tinham outros ciumentos e desconsolados como esse diretor que fez esse filme e  o compositor Zé da Zilda, tratou de desmascarar o Cabo laurindo em um samba. Na letra, afirma que o sujeito é tratado como herói, porém “nem saiu de Niterói”. E que sua única participação na guerra foi a de ficar “na retaguarda aplaudindo a nossa gente”. Como ele mesmo deve ter feito. Acredito que deve ser um auto retrato.

Voltando ao filme novamente, não parece um grupo de soldados mas um bando.

Diante do conhecimento da cagada que fizeram e sabendo que a os americanos haviam tentado abrir a estrada chamada 47 sem sucesso perdendo nessa tentativa dois carros de combate, resolvem ir a essa estrada 47 pra tentar melhorar sua imagem perante o exército.

"Onde estão os patriotas que inventaram esse destino de merca pra gente” diz o soldado. Eu diria que estão lutando enquanto você se escondia ou corria pelo morro abaixo mas quem sou eu né?

Passam a noite nesse vilarejo com mais diálogos bestas e são atacados por um pelotão de alemães. Atiram pra tudo que é lado e sabe-se lá porque, conseguem matar os alemães. Deveriam ter feito isso lá no topo do morro não acham?

"Um dia tudo isso será esquecido", diz um dos personagens. De fato, isso aconteceu, inclusive por esse diretor e poucos no Brasil de hoje lembram ou conhecem os feitos da FEB.

Durante o rigoroso inverno entre 1944 e 1945, nos Apeninos a FEB enfrentou temperaturas de até vinte graus negativos, não contando a sensação térmica. Muita neve, umidade e contínuos ataques de caráter exploratório por parte do inimigo, que através de pequenas escaramuças procurava tanto minar a resistência física, quanto a psicológica das tropas brasileiras, não acostumadas às baixas temperaturas. .

Reconheça seus herois

Quando amanheceu, encontram um dos alemães feridos  e brigam entre si para que outro soldado não o mate dizendo.."aqui ninguém vai matar ninguém.." Ninguém falou pra esse soldado que era uma guerra e contra os alemães? Aqui ninguém vai matar ninguém?Será que foi por isso que correram do topo do monte? E quem matou os outros soldados na noite anterior?

O filme ainda continua com os soldados tentando chegar a estrada 47 e carregando o alemão ferido em uma maca improvisada. São tao idiotas que deixam o cara escapar do nada e ferido. O cara sai andando simplesmente enquanto eles olham uns para os outros petrificados pelo frio..parece piada. Após o cara estar longe, ai sim descongelam e resolvem procurar o prisioneiro.

Buscam o prisioneiro e encontram. Ele como tem um coração bom indica a estrada 47 porque os tontos estavam perdidos e não sabiam para onde ir.

Encontram os tanques e fazem deles sua nova base  e seguem os diálogos toscos dentro do tanque onde resolvem cantar um samba para o alemão? Oi?

Após esses eventos, limpam a estrada das minas e não tiveram maiores problemas.

O que salva o filme é a fotografia, mas a história é um lixo.

Esperava bem mais de um filme feito para nosso heróis do passado e sinceramente, não recomendo. A não ser que queira aumentar sua raiva em relação ao cinema brasileiro que adora fazer filme de temas bosta desde as pornochanchadas e ainda querem que o brasileiro vá ao cinema enaltecer essas porcarias.

Nós somos orgulhosos da FEB, orgulhosos de cada homem que perdeu sua vida tentando defender o certo. Tentando defender os valores de suas famílias e voltar pra casa para viver as suas vidas.

Os verdadeiros patriotas nunca os esqueceram.

Senta a pua.
Written by Samuel Formento

CEO Warfare - Live By The Code - Ex Policial Militar - Ex Militar exercito - Um sobrevivente como você.


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