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Rapel em cachoeira, uma alternativa de lazer no seu final de semana.

O que fazer em um final de semana em Santa Catarina?

Foto: internet

Um dia você abre sua caixa de e-mail ou feed do facebook e aparece uma turma fazendo rapel em uma cachoeira. Humm, bacana, acho que eu poderia fazer isso.

Mas como escolher a empresa para que seja seguro fazer esse esporte?

Contactamos um parceiro que faz isso regularmente. A operadora de turismo de aventura Caminhos do Vale de Blumenau. Conversamos e resolvemos nos aventurar em uma cachoeira na cidade de Apiúna.

Apiúna é um município do estado de Santa Catarina situada a mais ou menos 14 km de Blumenau. Sua população estimada pelo IBGE em 2011 era de 9 683 habitantes. O município está localizado no alto dos picos que circundam a região. É conhecida pela sua Festa chamada Tangefest que é feita em comemoração ao aniversário do Município no mês de Junho.

O Turismo é uma importante característica do território apiunense, visto que a cidade conta com centenas de belezas naturais, entre elas dezenas de cachoeiras, o rio Itajaí-Açú, que é um dos melhores pontos para a prática de rafting no Brasil e no mundo. E ainda demais modalidades de esportes radicais como o treeking, rapel e o downhill. Para completar, um domingo por mês acontece o passeio Histórico-Cultural da Maria Fumaça, no bairro da Subida. São cerca de 3,5 quilometros de belas paisagens, o percurso termina no pátio de manobras da Usina Hidrelétrica de Salto Pilão.

Nosso destino, conhecer a cachoeira do Baú no interior do município de Apiúna, viajamos apo´s sair da BR470 por estrada de chão. A cachoeira se chama Baú pois esta localizada em uma comunidade chamada do Baú, distante 20 km do centro de Apiúna. Esse vale fica encravado nas montanhas, a 800 metros do nível do mar. No caminho pode-se observar várias fazendas e sítios, uma paisagem que lembra as grandes chapadas do interior do Brasil.

Uma caminhada de 5 minutos em campo aberto leva ao topo da Cachoeira do Baú, com um visual fantástico para um cânion cercado pela Mata Atlântica. A Cachoeira do Baú tem 35 metros de queda livre.

Erãm 08:00 da manha e a chuva caia fina em Blumenau. Uma neblina ainda subia da mata perto de nossa base e a temperatura parecia que não iria subir. Mas nos preparamos a semana inteira para isso é nos últimos 2 finais de semana foi a mesma coisa. Chuva pela manha e sol de rachar a tarde. Isso não será um empecilho para parar nossa aventura.

Partimos para o ponto de encontro com os demais integrantes da caminhos do vale, grupo que escolhemos para nos guiar e fazer o rapel. Como não temos o equipamentos necessário, tudo foi fornecido por eles, desde cadeirinhas até capacetes e cordas.

Destino: um posto de gasolina as margens da BR 470 bem na entrada da cidade de Indaial.

Fomos os primeiros a chegar e a chuva continuava a cair. A caminhos do vale Ligou para uma pessoa que vive próximo a cachoeira para saber se la estava chovendo pois a chuva poderia ter sido diferente naquela região e o volume de água aumentado ficando perigoso fazer rapel.

Por sorte, fomos informados que no local não chovia e a aventura então poderia continuar.

No posto aguardamos alguns minutos ate a chegada dos demais e aproveitamos para fazer compras de algumas provisões em um mercado. Um pouco de comida e água é sempre bom ter junto. Repelente para insetos e protetor solar são outros itens indispensáveis.

09:00hrs e o comboio parte em direção ao objetivo com muita expectativa de todos. O contato com a natureza sempre nos enche de boas energias para enfrentar os desafios da vida diária. Se você faz isso já sabe do que estou falando e vai lembrar agora de sua ultima aventura e como estava se sentindo e o tempo que essa energia durou apos o evento. Se você nunca fez, faça e nos conte como foi.

Parece que os problemas do mundo são insignificantes e esquecemos de tudo. So existe voce e a exuberante natureza que não lhe cobra nada, não lhe pede nada e esta ali, esperando para ser desfrutado.

Pela estrada encontramos vários grupos de ciclistas que assim como nos, acordaram cedo em um domingo para desfrutarem de sua própria aventura. Pedalam suas bicicletas felizes e com Sorriso largo no rosto.

A estrada até a cachoeira estava empoeirada mas pelo menos não chovia realmente. A empolgação tomando conta ainda mais dos participantes dessa empreitada aventureira em um domingo.

Após mais ou menos 19 km de estrada de chão, chegamos a uma porteira de madeira que dá acesso a fazenda onde esta situada a cachoeira do Baú nosso destino final. Estacionamos os carros e o cheiro de terra, mato e ar puro já impregnava nossas narinas de caras da cidade. A muito que eu não sentia essa liberdade. Viver na cidade mesmo não tão grande quanto Blumenau, nos deixa um pouco meio que atordoados com os ruídos de carros e buzinas.

Começamos a separa os materiais que seriam levados, pois a cachoeira do baú fica a pelo menos mais 5 minutos de caminhada por uma trilha que por sinal estava bem limpa. Algumas caixas de abelhas modificavam a paisagem mas como estava um pouco frio, não temi que elas fosse nos esperar ou nos afugentar dali.

Escolhemos a empresa Caminhos do Vale para fazer essa aventura. Segurança em primeiro lugar, então escolher quem entende do assunto é o primeiro passo.

 Não se deixe levar por convites de amigos, grupos ou empresas de AVENTURA. Procure informações relevantes a respeito de quem vai cuidar dos praticantes. Não basta seguir normas, pois tenha certeza que sem formação técnica você está no grupo de risco, você acha que praticando, seguindo uma cartilha você estará seguro? Na dúvida não pratique, procure esporte que já estão no mercado com credibilidade. Não se aventure no rappel. 

Rapel Mata

Cegando próximo a cachoeira, já começamos a ouvir o ruído das águas despencando da pedra em uma melodia constante. 

A natureza é mesmo fantástica naquele lugar e se podia ver borboletas grandes e azuis outras amarelas, serpenteando por entre as arvores logo abaixo da cachoeira. Uma água clara e transparente corria pela córrego vindo de lugares ainda mais altos. Como acessamos a cachoeira pelo alto, fica fácil instalar os equipamentos e começar a decida tão esperada.

A equipe da caminhos do vale se posiciona e começa então o ritual de montagem das ancoragens e separação dos equipamentos. Luvas, capacetes e cadeirinhas são dispostos um a um e os primeiros que irão descer já começam a se equipar enquanto Maicom o proprietário da Caminhos do vale, monta as cordas necessárias para a decida e checa a segurança de todo o local. A empolgação das pessoas pode levar a querer ver de perto a altura e acidentes acontecem, logo segurança em primeiro lugar e ninguém se aproxima da borda sem estar devidamente ancorado a algum lugar.

Em duplas, as pessoas foram se posicionando para poder iniciar o rapel. Cada pessoa era checada novamente para saber se estava tudo certo com seu equipamento. A segurança envolvida na decida era grande com 3 níveis para evitar qualquer tipo de acidente, haja vista uma queda de 35 metros em cima de pedras não ser muito desejável por ninguém.

Os que ficavam no topo, trocavam ideias de outras aventuras já feitas e lugares já visitados. 

Só ficar em silencio já seria fantástico e sentir essa energia vibrando. Esqueci de todo e qualquer possível problema que poderia existir e vivi o momento. Cada um do seu jeito se preparava para a decida. uns mais experientes, outros pela primeira vez ensaiavam sua decida com mãos tremulas e o coração a mil.

E chegou a nossa vez.

Equipados e com equipamentos já checados, fomos nos aproximando do local de ancoragem para se clipar e receber as instruções finais. Após você estar na corda e descendo, não tem muito o que fazer e precisa então não amarelar e aproveitar a decida.

Uma última olhada para o fundo da cachoeira procurando pela coragem para descer, pode não ser a melhor ideia, mas foi justamente o que fiz. Fazer rapel policial é muito mais fácil e geralmente você tem uma parede onde se encostar e o perigo esta mais nos agentes que você vai encontrar lá em baixo do que no rapel propriamente dito, então, de certa forma você nem pensa e desce. Esse tipo de rapel a ideia é contemplativa e aproveitar cada centímetro da corda e cada segundo de decida.

A decida foi fantástica. 

Pingos de água caiam sobre nossas cabeças enquanto a corda era solta centímetro a centímetro. As vezes rodopiava pela falta de experiência nesse tipo de decida negativa, mas fomos aprendendo. Caro que algumas vezes me perguntei. O que estou fazendo aqui? Pendurado a 35 metros de altura em uma corda no meio do nada? Nessas horas o coração vai a 1000 novamente e a paisagem nos tras de volta ao momento presente e desfrutamos da adrenalina sendo jorrada na corrente sanguínea.

Após longos 4 minutos de decida mais ou menos, pois aproveitamos bem, tocamos o chão liso da cachoeira. Outra paisagem se descortinava a nossa frente. Me parecia aquelas cenas de filmes de aventura e um animal sairia do meio das folhagens a qualquer momento. Aquela sensação de estar ali pela primeira vez nos inunda novamente e ficamos por alguns minutos olhando em volta até sermos acordados por Maicom que com um puxão da corda nos dizia que tinha mais pessoas querendo descer e precisava liberar a corda.

Nos desclipamos e liberamos a corda para outra dupla que já se posicionava para fazer a descida. Nossa nova missão agora era sair da base da cachoeira subindo por pedras lisas e cheia de limo e restos de raízes em decomposição.

Encontramos a outra dupla que antes de nós já havia decido sentada em uma pedra contemplando os arredores. Ficamos ali por um tempo e resolvemos pegar a trilha de subida até a base onde os outros esperavam por nós.

A trilha era íngreme e um pouco acidentada, mas o que esperava? um elevador? uma trilha asfaltada?

Outras paisagens maravilhosas eram apresentadas a cada metro que percorríamos pela encosta da montanha. Escalamos literalmente uma parte de uns 6 metros de altura e fomos ganhando espaço entre a base e o topo. 

Finalmente chegamos cansados ao topo mas com a energia revigorada e prontos para outra, mas antes talvez um lanchinho?

Nosso cão caçador esperava por nós aflito.

A hora passa e a gente nem vê. Já eram 15:00 hrs quando resolvemos ir embora com todos satisfeitos com a aventura. O dia foi curto para tanta coisa.

Recolhemos os equipamentos e tomamos a trilha de volta até os carros estacionados. 

Voltar sempre é ruim mas dessa vez, com as baterias recarregadas pela natureza, tivemos um divertido caminho de volta.

Você pode seguir a empresa Caminhos do vale e todas as suas aventuras no canal do facebook:

Caminhos do vale turismo de aventura

Pronto para outra?

Written by Samuel Formento

CEO Warfare - Live By The Code - Ex Policial Militar - Ex Militar exercito - Um sobrevivente como você.

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