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Qual seria a sua atitude diante de vários companheiros feridos na guerra?

Filmes de guerra sempre me atraem pela ação, porem filmes baseados em fatos reais tem a emoção de terem sido verdade e com isso nos emociona a camaradagem e coragem de alguns.

Esta disponível no NETFLIX o filme ATÉ O ÚLTIMO HOMEM, do diretor Mel Gibson.

Sempre gosto de saber que as histórias dramatizadas foram reais mesmo sabendo da licença poética que o cinema utiliza. As vezes isso fica meio que uma realidade aumentada. Diálogos com frases de efeito que nunca aconteceram, cenas que na vida real não seriam possíveis e tal, mas ATÉ O ÚLTIMO HOMEM surpreendeu e muito.

Cenas muito bem produzidas que quase nos fazem sentir o cheiro da ação. Para quem já participou de combate sabe do que estou falando.

O filme retrata a vida do soldado médico do exército Desmond T. Doss (Abdrew Garfield) que por ter uma conciência diferente do que os demais, não pega em armas. Tudo bem, eu também teria o mesmo julgamento dos seus parceiros de filme e de combate. Soa estranho não querer pegar em uma arma em uma guerra e mesmo assim querer ir pra guerra cumprir o seu dever. Eu não iria querer ele do meu lado a princípio. Seria um peso morto, teria que me defender e a ele também etc etc..

Mas isso serve para que possamos repensar alguns julgamentos e também valorizar os outros serviços que acontecem pelos bastidores e que na maioria das vezes não nos damos conta. Aquele cara que compra os produtos, aquele que faz a comida, aquele que é medico e assim por diante. Todos tem sua função dentro do Batalhão e as vezes não tem o nosso respeito como deveria pois não combatem, não sentem o cheiro da morte, do sangue. São burocratas que ficam atras de uma mesa e bla bla bla. Tudo verdade mas, sem eles o trabalho de quem combate não seria possível. 

Da costureira que costura sua roupa e seus equipamentos até os que fazem suas munição, todos tem sua importância no cumprimento da missão.

Mas voltando ao filme, o Sd Doss quer ser médico para poder ajudar o seu país e enquanto outros estão matando, ele estará salvando vidas. Muito nobre de sua parte porém qualquer um ao menos pegaria em armas para que isso fosse possível, mas o Sd Doss se recusa a fazer. Como conciliar as duas coisas? Por um lado, não tirar a vida de uma pessoa é percebido por todos como virtude, porem tirar a vida de inimigos que nos atacam é considerado um ato de bravura. Um dilema real.

Nesse meio, sofre diversas provações mesmo no seu curso de soldado básico, sendo inclusive processado e indo a corte marcial por desobedecer ordens diretas de pegar em um rifle.

Os depoimentos finais reais das pessoas que com ele lutaram são fantásticos e arrepiantes. Saber que salvou a vida dos mesmo que tentaram contra ele e  que queriam que desistisse chega a cair um cisco no olho. Quantas vezes isso acontece na vida real? Quantos Doss incompreendidos temos em nossas fileiras? Quantos são motivo de chacota por gostarem do que fazem e fazer mais do que a média?

Veja o filme, tenho certeza que você que combate irá se emocionar com a bravura desse Soldado.

Servir e Proteger Mesmo com o risco da própria vida
Written by Samuel Formento

CEO Warfare - Live By The Code - Ex Policial Militar - Ex Militar exercito - Um sobrevivente como você.


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