Aquisição de equipamentos para as corporações policiais

O equipamento policial e do policial tem apresentado um grande salto de qualidade disponibilidade nos últimos anos. Como escolher? de quem comprar? como comprar?

Todo material e equipamento utilizado devem ter em mente uma finalidade: propiciar o melhor desempenho da função policial, qual seja, o uso legítimo da força, potencial ou rela, na medida da necessidade de cada situação.

A correta utilização da força vem a tornar-se cada vez mais legítima a Instituição Policial e a correta escolha e utilização de materiais e equipamentos poderá potencializar tal ação.

A escolha dos equipamentos, seja a aquisição (particular ou institucional), seja a produção por empresas privadas, esta ligada a alguns condicionantes:

  1.     Atividade: qual tarefa deve ser realizada com o material, qual a necessidade mínima a ser atendida
  2.     Alcance da distribuição: qual o universo de policiais vai utilizar tal material
  3.     Financeiro: disponibilidade de recursos para a aquisição, neste campo também se inclui a quantificação da qualidade desejada.

A interação entre estes condicionantes esta ligada diretamente ao principio constitucional da eficiência, o qual deve ser aplicado às compras institucionais, mas também pode ser utilizado nas aquisições particulares.

Com base nisso, podemos afirmar que: quando menor o universo a ser atingido e mais especializado for à tarefa teremos um custo individual maior, mesmo que com montantes financeiros menos elevados. Neste sentido podemos incluir os equipamentos específicos para operações especiais.

De outra forma, com um universo maior e atividades menos especializadas o custo individual será menor, entretanto o volume financeiro será de grande peso no processo decisório.

Ainda, quando das ponderações financeiros existe a quantificação da qualificação do produto quanto a sua qualidade e durabilidade. Neste sentido repousam muitas duvidas e equívocos, na medida em que o desconhecimento de normas de qualidade, e por conseqüência sua cobrança e comprovação devam de ser executadas nas aquisições, prejudicando a eficiência da compra e por obvio a execução do serviço policial.

O processo de construção de um referencial teórico e catalogação, ou a escolha particular de um produto, deve respeitar estes condicionantes, sendo, talvez, a etapa mais demorada e vital de uma aquisição. Nesta fase devem ser analisados todos os aspectos da cadeia de suprimentos em busca das soluções ou produtos mais eficientes para as necessidades apresentadas. 

Necessariamente o produto correto não será o mais barato, mas sim o de melhor custo, quando atendidas as necessidades de funcionalidade e qualidade requisitadas.

Ainda, muitas vezes, a utilização de materiais especializados leva a falsa impressão de que seja “ideal” para todas as tarefas, o que se considerarmos os aspectos de universalidade e financeiro podem limitar o alcance da distribuição. Ate mesmo inviabilizar uma aquisição. 

Tão importante quanto isto é o aspecto do design do produto, que deve ser simples e funcional, evitando a inclusão de armadilhas estéticas, que podem buscar se aproximar de outros itens especializados, mas no final do processo só agregaram operações de produção e custos, sem quais quer benefícios ao produto ou ao serviço a ser executado com o mesmo.

O grande exemplo disto é a construção de bolso com foles estéticos em diversos uniformes, que são costurados, não permitindo a expansão dos citados compartimentos, como deveriam.

Visando atender ao princípio da eficiência, vencida a catalogação do produto desejado, a forma de aquisição institucional é o registro de preços, precedido por pregão eletrônico. Esta alternativa da celeridade e sustentabilidade as aquisições, na medida em que os aspectos financeiros são privilegiados, seja pela não imobilização de recursos, seja pela não formação de estoques (salvo estoque de segurança). Tais medidas tornam este processo muito semelhante ao conhecido “JUST INN TIME”, nascido junto à empresa TOYOTA.

Ainda como forma de garantir o preço de venda mais atraente é possível se estabelecer lotes mínimos de aquisição, evitando-se também que ao custo se agreguem valores relativos à imobilização de matérias primas junto ao fornecedor.

Observando, ainda, o aspecto financeiro esta a qualidade do produto e sua comprovação, questões que afetam o montante de recursos necessários, bem como e mais importante, a eficiência na função policial do material. Existem diversas formas de se alcançar esta qualificação, mas a mais isenta é o respeito aos métodos e normas estabelecidos em NBR (norma Brasileira de reguladora) e na sua ausência em outras normas internacionais. Cabe destaque que, justificada a necessidade, a exigência pó ser de índice diverso da norma, superior normalmente, respeitando os métodos estabelecidos para o ensaio.

Desta forma podemos englobar vários aspectos relacionados à aquisição de materiais policiais, seja através de licitações ou pregão eletrônico com foco na eficiência da compra, deve o responsável fugir das armadilhas estéticas, baratas, valorizando os produtos de qualidade comprovada, na medida em que ao atender a sua finalidade cada item representará o aumento da legitimidade da Instituição policial e a preservação das vidas que todo policial jurou proteger.

 

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